terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os fatores positivos e negativos de morar em uma cobertura

Na hora de escolher o apartamento, o comprador leva em conta inúmeros aspectos, que variam desde o preço, tamanho, conservação, adequação dos cômodos às necessidades do comprador ou inquilino, até o andar em que o imóvel está localizado. Afinal, morar em um andar mais alto ou mais baixo faz sim diferença - a começar pelo valor do imóvel


Apesar de ser um bloco de apartamentos parecidos, um prédio atende a perfis diferentes de compradores. “Existem aqueles que querem ter o sol da manhã, aqueles que não abrem mão do silêncio, os que usam a churrasqueira com frequência, os que querem distância da área de lazer, etc.,” explica Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado e diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro. 

Porém, o que costuma pesar na hora da escolha do imóvel é o preço. Em geral, há um valor médio que cresce para os apartamentos de andares mais altos e diminui para os de andares mais baixos. Em vários casos, a diferença de preço entre o primeiro e o último andar é de 8% ou 10%, mas ela pode ser ainda maior, “tudo varia de acordo com o número de unidades à venda e a vista oferecida pelo imóvel”, comenta Freitas. 
Nas cidades grandes, ver o horizonte a partir de sua sacada pode ser considerado um privilégio. “Essa é uma maneira que algumas pessoas encontram de se distanciar do estresse e da correria que acontecem lá em baixo”, diz o especialista. Outro fator citado por Freitas que faz com que as coberturas e apartamentos em andares mais altos sejam mais procurados, é o fato de que esses imóveis recebem maior incidência solar e não sofrem com a sombra de construções vizinhas. 

Mas o maior diferencial de quem opta por uma cobertura é a possibilidade de morar em um lugar com “cara” de casa, mas com a segurança e a possibilidade de dividir despesas e responsabilidades com o condomínio. “Esses são imóveis muito valorizados e desejados porque geralmente possuem uma planta diferenciada, com áreas descobertas e espaçosas, que trazem liberdade ao morador. Não existem vizinhos em cima e, no caso das coberturas duplex, o vizinho de baixo é você mesmo. Ou seja, existe uma garantia de tranquilidade com ruídos e outros inconvenientes” ressalta Freitas. 

Porém, se estar distante das áreas comuns do condomínio é ponto positivo para algumas pessoas, esse também pode ser um ponto negativo para famílias que preferem estar de olho nos pequenos quando eles brincam no playground ou na piscina. Há mães e pais que preferem morar em apartamentos dos andares mais baixos principalmente para escutarem e observarem mais de perto a bagunça das crianças. 
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Apesar dessa preferência que pode existir, estar distante dos ruídos da rua e das áreas comuns do condomínio agrega valor aos apartamentos mais altos. “Hoje em dia, percebo que morar bem está intimamente ligado ao que se vê através das janelas, por isso os apartamentos altos, com vistas bonitas, são tão valorizados. Muitas vezes servem como uma espécie fuga e relaxamento para a vida corrida da atualidade”, conclui Freitas. 

Fonte: Incorporativa