As imagens da construção incomum foram mostradas por emissoras e pela imprensa de todo o mundo. Os responsáveis da Prefeitura de Pequim colocaram na porta de acesso ao jardim uma notificação na qual avisam ao dono que deve desmantelar a "montanha" e sua vila em 15 dias, já que ela não está de acordo com as normativas.
A faraônica construção foi ideia de Zhang Biqing, um médico tradicional chinês que, segundo a imprensa local, ocupou cargos políticos na cidade. Seus bons contatos permitiram que ele fizesse a construção sem permissão sobre um dos prédios de Park View.
Veja o vídeo:
O jardim de pedra - na realidade cimento imitando a rocha - ocupa mil metros quadrados, quase a totalidade da cobertura, e é perfeitamente visível da rua, já que se encontra em uma avenida muito movimentada, junto a uma das zonas verdes mais populares da cidade, o Parque do Bambu.
Aparentemente, Zhang não achou suficiente a bela vista do parque que tinha da cobertura e passou seis anos construindo seu ambicioso jardim, apesar das queixas dos moradores do prédio pelo barulho e pelos problemas com os encanamentos desde o início da obra.
"Sempre perguntávamos o que diabos ele estava construindo lá em cima", disse hoje à Agência Efe um dos moradores do bloco, de sobrenome Gao, que assegurou que "a culpa na realidade não é de Zhang, mas da empresa de manutenção da área residencial, que viu o que acontecia e não fez caso".
"Na realidade, todo andar era seu, podia fazer com ele o que quisesse, fosse uma vila ou uma casa para o cachorro", afirmou Gao, que disse que ele e seus vizinhos não se queixaram muito com as autoridades do caso "porque não tínhamos tempo e pensávamos que Zhang, apesar de não parecer rico nem famoso, deve de ter boas conexões".
Não é a primeira notícia de construções excêntricas em coberturas na China, já que na semana passada foi revelado que em um shopping ainda não inaugurado na cidade de Hengyang, no centro do país, foram construídas várias vilas luxuosas, que também serão demolidas por não terem as permissões necessárias.
Fonte: G1
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