A iluminação é um item de enorme importância na decoração da casa. É ela que, além de ser essencial para a funcionalidade, exalta o “clima” que vc imaginou, chamando atenção para os pontos fortes, transformando um detalhe em ponto focal do ambiente e “escondendo” os pontos fracos.
Mas para conseguir estes objetivos é necessário que a iluminação seja bem planejada e executada.
Não sou expert no assunto, de forma alguma – o profissional especializado é o Lighting Designer e, pode ter certeza, necessita de muito conhecimento para isso – por isso sempre falo com cuidado sobre este assunto e dou exemplos simples do que consigo perceber que é importante observar para, mesmo sem profundos conhecimentos, conseguirmos não “pecar demais”. E observar a iluminação dos ambientes que vemos por aí é uma boa forma de fazer isso:
Esta sala tem bons exemplos. Veja estes itens importantes: 1) A iluminação sobre a mesa de jantar ilumina todo a área da mesa de forma quase homogênea e está na intensidade certa(nem forte nem fraca demais). 2) A altura e largura da luminária não atrapalham nem quem está sentado, nem quem estaria em pé servindo, por exemplo. 3) Os spots localizados na parede da escada estão bem posicionados, criando todos praticamente o mesmo efeito na parede. 4)Além de iluminar os degraus eles chamam a a atenção para o revestimento da parede, em um bonito azul fosco. Sua intensidade também está correta. Fortes demais eles “estourariam” e vc só veria um grande brilho, mas não o revestimento. 5) No teto há 2 spots, com luz mais intensa (veja a sombra no piso) que iluminam bem o corredor atrás da mesa de jantar sem atrapalhar a luz que vem da luminária sobre a mesa. (chato que esta foto foi tirada de dia, mas dá para ver a suavidade desta iluminação,como ela faz o seu trabalho sem querer “aparecer” demais…)
Nesta bonita sala observe o reflexo que a iluminação da mesa de centro produz no teto. Ele é causado pelo vidro da mesa – como já falei, este é um grande problema da iluminação: resolver os reflexos – Neste caso uma luminária com vidro leitoso ou simplesmente não iluminar com foco direto a mesa resolveria. O conjunto de spots não está centralizado em relação à mesa e a luz parece muito intensa – veja o tapete. Além disso, a grande quantidade de spots no forro “polui” o ambiente. É bom lembrar que spots fixos no forro direcionados para um item/móvel/quadro específico diminuem a possibilidade de mudanças.
Nesta foto, observe a (péssima) forma de colocação do trilho na parede e o posicionamento incorreto dos 2 spots centrais. Não adianta ter uma peça de iluminação de boa qualidade e instalá-la de forma “amadora”.
Aqui 2 exemplos: Um ótimo e outro bem ruim, de iluminação de revestimento com textura: No 1o., a luz enfatiza as texturas e ilumina, de forma variada, grande área do revestimento. Na 2a foto, a intensidade da luz é alta e “chapa” a canjiquinha, não permitindo que se veja a sua beleza.
Acima, na 1a foto, a luz dos spots incide sobre a moldura dos quadros, que acabam mal iluminados (e com perigo de sofrerem danos se as luzes emitirem calor, como as dicróicas). Na 2a foto uma boa forma de iluminar quadros: Os spots, mais distantes, lançam uma luz quase homogênea por toda a área frontal do quadro.
Nas fotos acima o uso daquelas luminárias de cuja beleza faz parte o jogo de luz e sombra nas paredes. Mas as tais paredes devem estar a uma distância tal que o efeito seja eficiente… Na minha opinião, a 2a luminária por estar muito distante das paredes (foi usada como uma luminária central), acaba provocando “manchas” disformes nestas, prejudicando sua beleza.
Concluindo, é necessário planejar a iluminação, escolher as luminárias e luzes corretas para o que se pretende e instalar da melhor forma. Sem isso, a iluminação não atingirá os objetivos pretendidos.
Fonte: Simplesdecoração