Para evitar surpresas e aborrecimentos é necessário organizar a renda familiar antes de fechar o negócio
Ter um
teto para morar é, sem dúvida, o sonho de muitos. Mas para que esse
sonho vire meta no ano que se inicia é preciso organizar as despesas
domésticas antes de bater o martelo e fechar o negócio. Atenção é
fundamental neste momento, pois além do financiamento, a aquisição de um
imóvel envolve outras cobranças, como o Imposto de Transmissão de Bens Intervivos (ITBI) e o registro no cartório de imóvel, que podem custar até 5% do valor do bem.
Especialistas esclarecem que a situação cadastral da pessoa conta
muito nesta hora. Alguns clientes possuem desconto enquanto outros não.
Mas no geral, o montante usado para a escritura fica mesmo dentro dos 5%
do valor total da transação.É preciso ainda reservar uma parte do orçamento para os gastos com decoração e possível reforma do imóvel. Decoradores estimam que essa despesa possa custar até 20% do valor total do imóvel. Ou seja, num apartamento de R$ 200 mil, chuveiro, luminárias, piso, móveis e outros detalhes da decoração vão custar aproximadamente R$ 40 mil para o proprietário, que tem ainda que arcar com as parcelas mensais do financiamento.
Por isso, para evitar surpresas e iniciar o negócio com o pé direito, leia atentamente os tópicos adiante com todos os custos envolvidos na aquisição da moradia e analise se chegou a hora de investir na casa própria.
Compromisso de venda e compra - Depois de decidir que irá comprar o imóvel, o primeiro passo é assinar e registrar em cartório o Instrumento Particular de Compromisso de Venda e Compra. Se estiver inclusa neste documento alguma minuta que você discorde, converse com o corretor. É importante esclarecer que todas as cópias e documentos autenticados e reconhecidos serão pagos pelo interessado no imóvel.
Documentos - Para solicitar o resgate do FGTS e dar entrada no financiamento, é preciso entregar para o corretor os documentos solicitados pela CEF (Caixa Econômica Federal) e pagar aproximadamente R$ 500 para montagem da pasta e entrega do dossiê à agência bancária.
Sinal – Será necessário dar um sinal para o vendedor do imóvel. A quantia varia segundo o combinado entre as partes. Mas não se preocupe, esse valor será abatido do custo total do imóvel, funcionando como uma espécie de ‘entrada’.
Entrevista – Após a entrega dos documentos e a vistoria da caixa no imóvel, será agendada entrevista na Caixa para averiguar a quantia existente no fundo, conhecer as modalidades de financiamento (SAC ou Tabela Price) e tirar todas as dúvidas sobre a aquisição do bem. Neste dia serão desembolsados R$ 350 pela inspeção e resgate do FGTS.
Assinatura – Chegou o dia de fechar o negócio, assinar um calhamaço de papéis e desembolsar tudo o que você guardou para materializar este sonho. O mais alto serão os 5% do valor do imóvel destinado ao ITBI e ao registro do imóvel no cartório, que vão ser entregues em dois cheques para o corretor ou outro profissional responsável por levar todos os documentos firmados nesta data até o cartório. Para se ter uma ideia, no caso de um imóvel negociado a R$ 240 mil, R$ 4.800 é destinada ao pagamento do ITBI e R$ 4.350 ao registro em cartório. Além disso, o restante do valor da entrada deverá ser entregue ao vendedor. E para finalizar, é preciso pagar para Caixa R$ 600 pela emissão de documentos e serviços prestados.
Fonte: Revista Zap