No condomínio onde fica esta casa, perto da capital gaúcha, não se pode levantar muros. Mas a própria geometria da fachada ajuda a resguardar a privacidade dos moradores.
A casa se divide em três blocos. No do meio, encontram-se as áreas social e íntima. Para resguardá-las, os arquitetos posicionaram os dois outros volumes nas laterais. O da direita abriga a garagem e o escritório. O trecho à esquerda, um pouco mais atrás, recebeu cozinha, lavanderia e quarto de serviço. Projeto: 4d-Arquitetura
Ver os flhos crescer em segurança e perto da natureza, num lugar tranquilo, longe do barulho dos carros... quem não quer? “Este condomínio fechado reúne essas características”,lembra a moradora. Uma, porém, pegou o casal de surpresa: é proibido erguer cercas ou muros – itens que, para muita gente, representam a conquista da privacidade. Mas nem sempre precisa ser assim. A casa transparente, integrada ao cenário e naturalmente iluminada que a família desejava foi possível da mesma forma, sem comprometer a intimidade. “Usamos a própria construção para proteger as salas e os quartos”, conta o arquiteto Carlos Mayresse, sócio de Juliana Piletti e Juliano Spader no escritório 4d-arquitetura, de Porto Alegre.
Este projeto foi finalista do Prêmio O Melhor da Arquitetura, promovido pela revista ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO.